Há alguns anos, li no blog da Paulinha um interessante texto sobre o que ela chamou de Síndrome Nacional do "Menos Pior". Talvez seja a aproximação de uma nova eleição, ou o pressentimento de um novo desastre eleitoral, ou simplesmente um desejo irriquieto do meu gúliver, não sei, mas deu vontade de escrever sobre síndromes curiosas que acometem o ser humano e, em particular, os brasileiros.
A melhor hora para se evidenciar essa síndrome é durante a apuração do desfile das escolas de samba.
Escola de samba é que nem time de futebol: tem torcida. Mas nem todo mundo torce para alguma escola em especial... Assim, quando a apuração vai ao ar na Quarta-Feira de Cinzas, um monte de gente liga casualmente a TV e desencadeia aquilo que chamo de síndrome do segundo lugar. Na indiferença sobre qual escola deve ganhar o carnaval, parece que tendemos a criar um enredo próprio para a apuração. A história do evento passa a ser mais importante que seu resultado. Queremos que ela seja a mais emocionante possível. E quem não se empolga diante da possibilidade de uma virada na classificação? Isso nos leva a "torcer" pela escola que, naquele momento, está em segundo lugar. É só pelo prazer de ver uma reviravolta, choro e ranger de dentes naqueles rostos que ainda há pouco cantavam vitória. Afinal de contas, pimenta, nos olhos dos outros, é colírio! Não se cria nenhuma simpatia pela escola "escolhida" e nem se dará alguma importância ao resultado depois, não importando qual seja.
Também é possível perceber tal síndrome em corridas de Fórmula 1 e praticamente qualquer outra disputa insossa que passe na TV em sábados, domingos e feriados.
Por hora, é isso. Se alguém souber ou detectar mais alguma síndrome curiosa, por favor, me comunique!
- Síndrome do segundo lugar
A melhor hora para se evidenciar essa síndrome é durante a apuração do desfile das escolas de samba.
Escola de samba é que nem time de futebol: tem torcida. Mas nem todo mundo torce para alguma escola em especial... Assim, quando a apuração vai ao ar na Quarta-Feira de Cinzas, um monte de gente liga casualmente a TV e desencadeia aquilo que chamo de síndrome do segundo lugar. Na indiferença sobre qual escola deve ganhar o carnaval, parece que tendemos a criar um enredo próprio para a apuração. A história do evento passa a ser mais importante que seu resultado. Queremos que ela seja a mais emocionante possível. E quem não se empolga diante da possibilidade de uma virada na classificação? Isso nos leva a "torcer" pela escola que, naquele momento, está em segundo lugar. É só pelo prazer de ver uma reviravolta, choro e ranger de dentes naqueles rostos que ainda há pouco cantavam vitória. Afinal de contas, pimenta, nos olhos dos outros, é colírio! Não se cria nenhuma simpatia pela escola "escolhida" e nem se dará alguma importância ao resultado depois, não importando qual seja.
Também é possível perceber tal síndrome em corridas de Fórmula 1 e praticamente qualquer outra disputa insossa que passe na TV em sábados, domingos e feriados.
- Síndrome da festa infantil
- Síndrome do Salmo 91
Por hora, é isso. Se alguém souber ou detectar mais alguma síndrome curiosa, por favor, me comunique!
2 comentários:
ADOREI!
Suas palavras me fizeram soltar gargalhadas na noite silenciosa e fria! E olha que os dias atuais não estão pra risos, muito menos para pequenas gargalhadas (com o perdão do paradoxo!) Pequenas porque a motiva um humor desses de canto da boca, um desconforto diante das coisas, uma ironia aqui, uma tirada inteligente ali... O boa e velha ironia do meu amigo Rafael...
O curioso é que pela primeira vez a vejo aplicada à questões políticas - e não às pequenas tragédias (ou tragicomédias?) íntimas e passionais, cuja nota dominante sempre foi o imenso lado pessoal!
Gostei de ler!
Fico feliz de ver acontecer e funcionar esse pequeno círculo literário dos nossos blogs... Velha idéia, voi là!
Ká kkkkkkkkkkkkk! Síndrome do Salmo 91 foi o q há!
Tá explicado a minha indigestão com um bolo de casamneto. Se fosse um simplório refri, meu estômago não teria se rebelado...
Hiiii, rapá! Mais síndromes?? Tem a síndrome da Sigla (PSDB, PT, PQP, FDP e as trocentas q seu estimado governo cria e descria o tempo todo.
Tem a Síndrome do Desacato, aquela q todo policial militar insiste em ter naqueles momentos em q eles cantam os pneus da viatura (as "blazer", óbvio!) para oferecer o cacetete para alguma baranga e, diante de algum comentário beeem Paulinha - "que bonito, senhor policial! Seu carro tem pneu!", eles berram em altos decibéis: "Pô, carái! Vc tá me desacatando????" Vc já reparou q tudo p eles é desacato?
Fera demais o seu texto! Temperadíssimo com humor inglês!!
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